2010: Adversários internos no PT, ambos refutam negociações com Hélio Costa, do PMDB
Do Valor Econômico, de 16/06/2009.
Pré-candidatos a governador de Minas Gerais pelo PT, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel adotaram o mesmo discurso ao defenderem a candidatura própria do partido em Minas Gerais. A alternativa a um nome próprio é o apoio ao candidato virtual do PMDB, o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
“Sou um ator político, um militante, não um analista do cenário. Me dedico a fazer as coisas acontecerem. Estou empenhado em viabilizar a minha candidatura dentro do PT. A primeira etapa é garantir a unidade dentro do PT, depois dentro do campo das forças progressistas e depois dentro de um universo de uma aliança mais ampla”, afirmou Patrus Ananias, ao ser indagado sobre uma aliança com PMDB, durante evento promovido pela empreiteira Odebrecht e pela siderúrgica Vallourec & Sumitomo em Jeceaba, cidade a 120 km de Belo Horizonte.
“Há os que querem uma aliança a qualquer custo. Eu digo que a discussão da aliança deve ser feita a seu devido tempo”, disse Fernando Pimentel, em entrevista por telefone. Pimentel negou que haja pressão da direção nacional do partido para que o PT coloque em segundo plano as eleições para os governos estaduais, em detrimento da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da eleição para o Senado. “Tudo o que existe é uma determinação para que a discussão das candidaturas estaduais seja feita após a escolha da nova direção do PT. Apenas isso”, afirmou.
Em recente reunião do diretório nacional, o PT mandou suspender todos os processos de escolha interna de candidatos a governador que estavam em curso neste ano. A decisão afetou com mais força Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, onde há disputa pela vaga.
Primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o ministro das Comunicações já fez afirmações públicas de que só deverá ser candidato a governador em um contexto de aliança ampla, mas não é categórico em dizer que a coligação será com o PT. Mantém o diálogo com o governador mineiro Aécio Neves (PSDB), de cuja candidatura presidencial duvida, e com a ala do PT defensora da candidatura de Patrus Ananias.
Isto tem feito com que Patrus avance posições dentro do próprio PT nacional. Bastante próximo a Pimentel, o ex-ministro e ex-presidente nacional do partido, José Dirceu, encontrou-se com Patrus na posse do novo presidente salvadorenho, Mauricio Funes, em San Salvador. Ficaram de ter um novo encontro em breve. “Ele percebeu que o entendimento do PT com o PMDB em Minas está muito mais próximo do que se imagina”, disse o ministro. Pimentel têm procurado diminuir a distância com o PMDB, conversando com deputados estaduais do partido. Também deve encontrar-se com Dirceu, dentro de alguns dias, em Belo Horizonte ou São Paulo.
5 comentários:
ZÉ CAI NO GOLPE DA COMENDA
A ONG sob suspeita
Tá no Blog do Nassif
A tal WFO (World Family Organization) é uma ONG com sede em Curitiba. Não se trata de organização internacional. Sua presidente, Deise Noeli Weber Kusztra, está enrolada com a justiça em Sergipe, Paraná e Santa Catarina.
Uma simples busca no Google permitiria a Serra - se é que não soubesse desse tipo de golpe - não pagar esse mico e aparecer na foto ao lado de uma senhora sob suspeita de ser uma estelionatária.
Em Sergipe, essa WFO apareceu no governo João Alves. Premiou o governador, prometeu trazer US$ 1 bilhão em investimentos, através do programa Via Rápida da ONU, se Alves fosse reeleito.
Aracaju testemunhou aparelhos hospitalares sendo desembarcados na cidade, para aparelharem um hospital supostamente doado pela WFO. Depois da eleição, descobriu-se que todo o dinheiro tinha saído do estado, R$ 115 milhões sem licitação.
O hospital passou a dar problemas na primeira chuva. Depois, descobriu-se que R$ 6 milhões tinham desaparecido, sem que fossem prestadas contas. (clique aqui para um amplo material sobre a ONG).
Como levantou Stanley Burburinho, antes disso, em 2003 Deise passou a responder a processo em Curitiba, por desvios na Associação Sazza Lates, entidade dirigida por ela no período de 1987 a 2000.
Deixou um romb o de R$ 592 mil, desviado da entidade através de cheques de R$ 40 mil cada, descontados por um funcionário.
(fonte: Blog do Nassif - "Serra e o Golpe da Comenda")
FALANDO EM MORAL DE SENADORES,
VEJAM O CASO DESTA SENHORA:
Kátia Abreu omitiu 3000 cabeças de gado na declaração de bens
Na declaração de bens da Senadora Kátia Abreu (DEMos/TO) ao TSE não consta o rebanho de gado que ela tem em suas fazendas, como deveria constar.
Dona de dois latifúndios, totalizando quase 2500 campos de futebol (2474 hectares), a senadora não declarou nenhuma cabeça de gado.
Porém em reportagem da Revista Época, em junho de 2006, mesmo período da declaração ao TSE, afirmou criar 3 mil cabeças de gado de corte.
A revista também quase duplicou o latifúndio da senadora, afirmando que possuía 4500 hectares, bem maior do que os 2474 hectares declarado ao TSE.
Outra curiosidade na declaração de bens, é o valor declarado dos dois latifúndios totalizar apenas R$ 37 mil, praticamente o mesmo valor do carro VW Polo declarado.
Ok, é mesmo prematuro se falar em candidaturas definidas e/ou definitivas num cenário político onde o Presidente da República esmaga seus opositores, em qlqr pesqisa, de qlqr mariz.
Meu candidato é Patrus, e nao escondo isso, mesmo nao sendo mineiro (me honraria) e mesmo nao votando em MG.
Mas q a coisa ainda vai render, ah isso vai.
Até porq, Lula já disse o q é notório: temos q fortalecer nossas posicoes no Senado ... antro de idiotas e reacionários antí Brasil.
Ponto fianl e inté,
Murilo
Companheiro Jefferson Milton , o PT precisa ser forte em Minas Gerias para fortalecer a candidatura da Ministra Dilma Rousseff a presidência da República. Conheça o BLOG DA DILMA. http://dilma13.blogspot.com/
Nem tem tando a ver c/ o post, mas nao posso deixar passar mais esta, do eterno canalha da Der Gøbbels, deste pulha do nazi fascismo.
Inté,
Murilo
Noblat assinou este chorume:
Em 2003, acusado de grampear telefones de adversários políticos na Bahia, correu o risco de ser julgado pelo Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro. Apoiara a eleição de Lula um ano antes.
Lula retribuiu salvando-lhe o mandato. Desde então a lavandeira é um sucesso.
O que Lula fez por ACM não impediu que os dois quase saíssem no tapa anos mais tarde.
ACM sentiu seu império baiano ameaçado pelo PT de Jacques Wagner. Soltou os cachorros em cima de Lula. Que respondeu chamando-o de rato e suando a camisa para eleger Wagner.
Os dois só voltaram a se encontrar quando ACM estava em um hospital de São Paulo a poucos dias de morrer. Lula fez questão de visitá-lo.
Entre ACM e José Sarney (PMDB-AP), o mais recente freguês da lavanderia, Lula meteu as mãos em muito pano sujo.
O êxito dele não consiste em transformar pano sujo em pano imaculado. Por ora, ainda não opera milagres. Amanhã, nunca se sabe.
Mas Lula sempre tenta dar um jeito de impedir que pano encardido acabe jogado no lixo por imprestável. Na maioria das vezes é bem-sucedido.
Lula não discrimina entre aliados fiéis, aliados nem tão confiáveis assim, adversários moderados e adversários históricos.
Se vir alguma vantagem em enxaguá-los até que recuperem parte da pureza perdida ou se livrem de nódoas comprometedoras, ele se entrega à tarefa com gosto.
Do controverso Roberto Jefferson, na época presidente do PTB, Lula disse que se tratava de um homem a quem daria um cheque em branco.
O homem merecedor de tamanha prova de confiança deflagrou o escândalo que quase derrubou o governo.
Em meio ao escândalo, informado sobre a disposição do publicitário Marcos Valério de contar tudo o que sabia, um Lula alterado por algumas doses a mais de bebida chegou a falar em renúncia.
Foi um Deus nos acuda. Lula só sossegou quando lhe garantiram que Valério estava sob controle. Está até hoje.
Procurem algo de duro dito depois por Lula a respeito de Jefferson. É possível que encontrem um elogio.
Nada encontrarão contra José Dirceu, apontado pelo Procurador Geral da República como o chefe da “sofisticada organização criminosa” que quis se apoderar de parte do aparelho do Estado.
Lula escalou Dirceu para pagar a conta do mensalão. Para compensar, lava a biografia do amigo toda vez que julga necessário.
Foi quase pedindo desculpas públicas a Antonio Palocci que Lula o demitiu do Ministério da Fazenda forçado pelo caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Pereira.
Palocci jurou diante de uma CPI que jamais frequentara certa mansão suspeita de Brasília.
O caseiro jurou tê-lo visto por lá uma dezena de vezes. Lula chamou Palocci de “meu irmão”. E sonha com o dia de tê-lo de volta no governo.
E o “nosso Delúbio”, hein?
E Romero Jucá que ofereceu fazendas inexistentes como garantia de um empréstimo tomado em banco oficial? Lula saiu em defesa dos dois.
Ficou rouco de repetir: “Ninguém é culpado até ser condenado pela Justiça”.
Ao pé da letra, de acordo. Mas o que se espera de um presidente não é o mesmo que se espera de um juiz. Presidente deve satisfações à sociedade. Juiz, somente à sua consciência.
Um mau exemplo dado por um juiz nem de longe equivale a um mau exemplo dado pela pessoa mais observada e admirada pelos brasileiros.
Foi um bom exemplo o empenho de Lula em manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado? Quase conseguiu.
Lula dá um bom exemplo quando chama Sarney de “pessoa incomum” e obriga o PT a sustentá-lo no cargo?
A Lavanderia Lula presta inestimáveis serviços ao seu fundador e único dono, e também aos que dela precisam.
Mas bem não faz – pelo contrário - ao avanço entre nós de uma prática política decente e justa, capaz de atrair gente interessada em servir à coisa pública, e não em se servir dela.
Essa será a herança maldita de Lula.
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