Uma coisa são os eventuais aspirantes à vaga saírem por aí sondando o terreno. Outra, bem diferente, é imaginar que alguém esteja a fazer isso com o aval do presidente da República. Aliás, qualquer sondagem a esta altura nos grupos sociais e econômicos dominantes é em larga medida inútil. O candidato de Lula virá não “da sociedade”, mas do Palácio. E terá como trunfo o fato de ter sido indicado pelo mais popular presidente da História do Brasil. Daí que a sabedoria esteja a recomendar cautela para os pretendentes.
quinta-feira, abril 30, 2009
Fingindo que nada acontece
Uma coisa são os eventuais aspirantes à vaga saírem por aí sondando o terreno. Outra, bem diferente, é imaginar que alguém esteja a fazer isso com o aval do presidente da República. Aliás, qualquer sondagem a esta altura nos grupos sociais e econômicos dominantes é em larga medida inútil. O candidato de Lula virá não “da sociedade”, mas do Palácio. E terá como trunfo o fato de ter sido indicado pelo mais popular presidente da História do Brasil. Daí que a sabedoria esteja a recomendar cautela para os pretendentes.
quarta-feira, abril 29, 2009
Patrus reforça candidatura ao governo de Minas
sábado, abril 25, 2009
Patrus sai na frente e ganha apoio do PCdoB
Hélio Costa tenta unir o PT
quarta-feira, abril 22, 2009
Barraco no STF: Joaquim Barbosa enfrente Gimar Mendes
Nota de esclarecimento do Instituto Mineiro de Desenvolvimento
Acerca da matéria O Rei do Axé, veiculada na revista Isto É e reproduzida no seu blog, o Instituto Mineiro de Desenvolvimento (IMDC) gostaria de ratificar que manteve relações com o deputado Miguel Correa Jr. apenas por ocasião dos eventos de axé e rock mencionados na reportagem e que envolveram o repasse de R$ 700 mil por meio de convênio celebrado entre o Governo Federal e o Instituto – que não é uma ONG, conforme citado, mas uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Esse valor foi repassado à empresa produtora do evento e submetido à prestação de contas dos órgãos públicos responsáveis, conforme documentos disponíveis para consulta.
Portanto, não procede a associação entre “R$ 12,8 milhões e ONG de amigo” citada pela revista. Diferentemente do que a reportagem sugere, nunca houve relação pessoal nem profissional do deputado Miguel Correa Jr. com os demais projetos do IMDC, um instituto que possui 30 anos de atuação e jamais teve seu nome envolvido com irregularidades.
Para esclarecer, o projeto mencionado na matéria – para pesquisas de opinião e com valor total orçado em R$ 5,9 milhões – foi aprovado e validado pelo Governo Federal através do Plano de Trabalho, tendo sido liberada para o IMDC uma parcela de R$ 790 mil, referente à estruturação de desenvolvimento turístico da Região Sudeste, por meio de consultoria especializada voltada para os projetos estruturantes atualmente formatados, com conseqüente promoção e divulgação dos destinos turísticos trabalhados.
Também não procede a informação da liberação de R$ 6,1 milhões para o IMDC, correspondentes ao Projeto de Construção de Cisterna no Semi-árido Mineiro, pois as parcelas são liberadas somente após a prestação de contas dos serviços executados. No caso deste projeto, os valores foram liberados em conformidade com a devida prestação de contas, sendo que metade dos serviços já foram realizados. Vale esclarecer que este projeto tem como característica a execução lenta, uma vez que depende da contrapartida de ações da comunidade.
Vale ainda pontuar que, como OSCIP certificada pelos órgãos constituídos, o IMDC pode celebrar termos com a administração pública através de dispensa de processo licitatório.
A maneira como os projetos do IMDC foram citados pela revista Isto É, associados no contexto da reportagem a ações sob investigação do deputado Miguel Correa Jr., causou surpresa, indignação e um dano sem precedentes frente a pessoas que conhecem e acompanham as atividades do Instituto há anos.
Agradecemos sua atenção e gentileza em publicar no seu blog o nosso posicionamento.
Atenciosamente,
Deivson Vidal
Presidente IMDC
O deputado Miguel Correia Jr., alvo da denúncia, é criticado aqui nesse blog pela sua póstura política, principalmente com relação aos rumos do PT em Minas Gerais. Na disputa interna do PT mineiro, partido do qual sou simpatizante, estarei sempre ao lado de Patrus Ananias, em razão de sua história e de suas qualidades como político. Nada impede que, em outro momento, esteja prestando apoio a grupos que hoje são rivais no Estado. No tocante às denúncias, essas seriam de responsabilidada da citada revista, não tendo qualquer juízo meu sobre a autenticidade da denúncia.
Desde já quero esclarecer para meus leitores que não tenho qualquer responsabilidade acerca do conteúdo da denúncia, bem como desse esclarecimento acima.
Recadastramento de filiação do PT de BH
terça-feira, abril 21, 2009
Soninha atucanada
Para saber mais sobre o programa do PPS, veja o post anterior.
A poupança e a canalhice de Raul Jungman
Do Sítio do Sérgio Leo
segunda-feira, abril 20, 2009
O Rei do Axé: Traidor e Suspeito de Corrupção
domingo, abril 19, 2009
Reportagem do Estado de Minas escancara os métodos do grupo Pimentel-Virgílio
Em reportagem, o EM denuncia o processo de refiliação a todo custo no PT de Belo Horizonte. Embora o EM não cite os nomes do ex-prefeito Fernando Pimentel e dos deputados federais Virgílio Guimarães e Miguel Correa Júnior, o processo de filiação em massa, com fraudes de todo tipo, foi desencadeado para sustentar o projeto político de Pimentel, o que incluía entregar a PBH e a futura candidatura ao governo estadual. Ou seja, são eles os beneficiários, não o PT como partido, mas seus nomes são protegidos pela mídia.
PT faz refiliação a todo custo em BH
Antes de Maria Anselma, em menos de meia hora, três veículos entraram e saíram do diretório municipal do PT carregando pessoas para confirmar a filiação no ano passado. Apesar do esforço, menos de um terço dos 6.802 novos pedidos feitos em setembro do ano passado foram confirmados.
O recadastramento, que começou em 30 de março, atendeu à determinação das executivas estadual e nacional que acataram recurso assinado pelo ex-vereador Carlão Pereira e pelo vereador Arnaldo Godoy. O recurso dos dois integrantes do partido foi baseado em dezenas de denúncias de fraude.
Assista aqui vídeo de moradora que fala como seu nome foi parar na lista de filiados do PT.
Patrus elogia Aécio, mas cobra avanços
Ana Lúcia Gonçalves, do Hoje em Dia
GOVERNADOR VALADARES – Um dia depois de acompanhar em Belo Horizonte a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão do presidente Lula, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT), esteve ontem no Leste do Estado, onde confirmou sua pré-candidatura ao Governo de Minas em 2010. O ministro foi um dos convidados para os encontros regionais do PT realizado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e Timóteo, no Vale do Aço, eventos que preparam os militantes para o “Encontro Estadual da Articulação”, nos dias 29, 30 e 31 de maio.
Em Governador Valadares, Patrus chegou por volta das 10 horas e logo fez questão de enfatizar que não estava na cidade na condição de ministro, mas como militante político para falar aos demais filiados do partido, movimentos sociais e sindicatos, sobre as políticas sociais do Governo Lula. Patrus reuniu, no Colégio Ibituruna, mais de 400 pessoas, entre prefeitos e vereadores da região.
Depois de fazer elogios à administração Aécio Neves (PSDB), Patrus discutiu com militantes seu projeto: “Estamos convencidos que Minas precisa avançar. Tivemos conquistas importantes com o atual Governo mineiro, como o choque de gestão, a ênfase muito boa no planejamento e o Proacesso. Mas estamos convencidos que é preciso avançar no campo social, no trabalho mais direto de promoção dos pobres”.
Patrus disse que está se preparando para as eleições de 2010 construindo propostas claras e viáveis para o povo de Minas e do Brasil. “Minas é um Estado que tem características próprias, é uma síntese do Brasil. Ele é fundamental na unidade, soberania e desenvolvimento do nosso país”, ressaltou, acrescentando que o Estado tem também características regionais próprias, regiões muito marcadas pela presença de rios e bacias, como é o caso de Governador Valadares, que tem a forte presença do Rio Doce.
“Estamos convencidos que para o desenvolvimento dessas regiões, como é o caso de Valadares e região Leste que se integra com a do Vale do Aço, a recuperação dos rios é fundamental”, disse, contando que sua proposta é promover o encontro entre o econômico e o social com a questão ambiental.
O petista disse ainda que sua pré-candidatura a governador não é um projeto pessoal, mas uma resposta a muitas pessoas que levantaram o seu nome para unir o PT em Minas. “Mais do que isso, queremos unir as forças democráticas populares e a base aliada de apoio ao Governo Lula em Minas”.
sábado, abril 18, 2009
“Favela não gosta de miséria”, diz MV Bill
sexta-feira, abril 17, 2009
Corrupção ou patrimonialismo?
quarta-feira, abril 08, 2009
Disputa entre Pimentel e Patrus expõe fratura em palanque de Dilma em MG
quinta-feira, abril 02, 2009
Todos partidos para o castelo de areia
02/04/2009
Então, ficamos combinados: quando uma operação policial pegar um partido com a boca na botija, fazendo caixa dois com dinheiro de empreiteira, o responsável pela investigação deve acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e copiar e colar (ctrl C, ctrl V) o nome de todos os partidos registrados oficialmente.
Segundo os líderes dos partidos de oposição que foram citados na Operação Castelo de Areia - uma investigação originalmente motivada por denúncias de que a empreiteira Camargo Corrêa teria cometido supostos crimes financeiros, de lavagem de dinheiro e de evasão fiscal - é pouco elegante denunciar como implicados na Operação apenas aqueles contra os quais foram levantadas provas. Não acusar o PT, o PV e o PTB é prova do partidarismo da Polícia Federal, que teria sido governista, segundo seus detratores, mesmo apontando igualmente, como beneficiários de supostas doações ilegais que teriam sido feitas pela construtora, os partidos governistas PP, PSB, PDT e PMDB.
A regra não conta, todavia, quando o PT e seus aliados são o centro da investigação. No escândalo do “mensalão”, o caso levado de forma mais discreta foi o do caixa dois da campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que usou em 1998 o mesmo esquema que o PT e seus aliados, para arrecadar dinheiro de campanha. Não seria de bom tom, afinal, dar grande publicidade ao caso do tucano mineiro.
O grosso dos que esperam julgamento no STF, por conta de suposto envolvimento no “mensalão”, é governista. Nesse caso, pode-se dizer que a PF é oposicionista? Deixou de ser quando mencionou o PSDB, o DEM e o PPS em outra investigação? Se a Operação Castelo de Areia for julgada no futuro pelo STF, e este considerar que o suposto caixa dois da Camargo Corrêa não fez réus, e o suposto caixa dois do “mensalão” sim, a Corte será governista ou oposicionista? No caso do “mensalão”, o trabalho conjunto do Ministério Público Federal constituiu o que o presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes, chamou de “algo lítero-poético-recreativo”? Ou esteve adstrito às funções constitucionais das instituições envolvidas? O que diferenciou, então, o caso do “mensalão” da Operação Castelo de Areia?
E daí, ficamos também assim: o controle exercido pelo Ministério Público sobre a Polícia Federal é “algo lítero-poético-recreativo”, e portanto o MP e a PF estão fora de controle, pelo menos no caso da Operação Castelo de Areia e na Operação Satiagraha, as que são objeto das indignações do presidente do STF. Diz Mendes: “Muitas vezes o Ministério Público Federal é parte naquilo que chamamos de ação abusiva da polícia (…). Quando o Ministério Público atua em conjunto com a polícia, quem vai ser o controlador dessa operação?” Ele defende uma “vara especializada no controle das atividades policiais”, que poderia ser instituída “facilmente” pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual o presidente do STF é também presidente - ou seja, supõe-se que uma simples canetada de Mendes tem o poder de eliminar o controle constitucional que o MPF tem sobre a polícia. Isso quer dizer que a Constituição se submete ao CNJ? E, se assim for feito, Mendes, como o “presidente do Judiciário”, passaria exercer o controle sobre a polícia e, com a sua serenidade e neutralidade, evitaria o “aparelhamento do aparato policial, um aparelhamento político” da PF, e a excessiva complacência do MPF?
A Operação Castelo de Areia foi movida pelo Ministério Público, investigada pela Polícia Federal e monitorada pela 6ª Vara da Justiça, da qual é titular o juiz Fausto De Sanctis, que o CNJ do ministro Mendes processa pelas sentenças discordantes tomadas por ele contra as suas próprias. Uma ação da PF que foi acionada pelo MP e teve o controle de uma autoridade judicial não é um complô partidário - é assim que legitimamente se processam as investigações. Isso está longe de ser um clube “lítero-político-recreativo”.
Na verdade, dá para apostar que os procuradores, policiais e juízes envolvidos num trabalho dessa envergadura tenham pouco tempo para frequentar clubes lítero-político-recreativos. Apenas nenhum promotor, policial ou juiz pediu licença ao STF para concluir quais eram os crimes passíveis de indiciamento e quem os cometeu, nem submeteram suas conclusões ao STF, porque não é esse o papel da alta Corte nesse momento. Vai ser no futuro, se algum indiciado recorrer de sentenças ou procedimentos que considerem injustos ou ilícitos. Como, normalmente, pessoas com poder econômico costumam recorrer até a última instância judicial, o STF em algum momento vai se posicionar sobre o caso. E como parlamentares podem estar implicados, o caso deve parar direto no Supremo. Outra razão para Mendes não emitir juízos sobre o trabalho do MP, da PF e do juiz de primeira instância: afinal, vai julgá-lo mais para a frente.
A PF virou alvo do presidente do STF desde a deflagração da Operação Satiagraha que, entre outras coisas, botou duas vezes na cadeia o empresário Daniel Dantas. Mas ainda assim, não percebe o risco que está correndo. As decisões que toma, mesmo técnicas, não estão apenas sendo combatidas por divergências quanto a métodos. O trabalho de descrédito da PF, do juiz De Sanctis e de mais alguns que têm levado adiante investigações por crimes de colarinho branco é para acuar toda a instituição policial. Se os grupos internos dão munição para essa ofensiva externa contra os seus adversários de corporação, por conta de uma disputa de poder, não perceberam que a PF é atingida sem poupar ninguém - e que esse movimento de opinião pública incitado por algumas figuras públicas torna cada vez mais arriscado, para qualquer grupo dela, a investigação de casos politicamente complicados, que envolvam interesses econômicos mais poderosos.
Outro risco que se corre é a instituição STF ficar identificada como aquela que pode estar permeável a interesses. Num país altamente injusto, a mais alta Corte perder sua imagem de mediadora - e justa - e fixar-se como aquela que zela exclusivamente por grandes interesses, é o fim de esperanças de uma parcela da população altamente desassistida. É melancólico.
Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras