Do Blog Cidadania
Tenho tido muito pouco tempo para me informar sobre o Brasil, mas essa polêmica entre a Folha e a Igreja Universal é muito divertida. Pensem bem: como tomar partido numa desinteligência entre duas instituições sobre as quais pesa tanta polêmica?
A Folha, para variar, errou. Foi preconceituosa e irresponsável ao fazer suposições sobre a IURD, de que a Igreja usaria o dinheiro dos dízimos para “esquentar” dinheiro obtido de forma ilegal.
O jornal não faria tais suposições sobre a Igreja Católica nem tendo motivos melhores do que aqueles que apresentou contra a IURD, ou melhor, que não apresentou.
Além disso, “seita” por que? Eu sou católico (não-praticante), mas, se alguém viesse chamar de “seita” a igreja em que fui batizado, crismado e na qual me casei, eu não iria gostar.
Claro que há vários aspectos da operação da Igreja Universal que são questionáveis, para dizer o mínimo. Mas como se trata da fé alheia, de uma fé que muita gente séria e instruída acalenta, é preciso respeitá-la. E mesmo que só gente humilde e sem instrução acalentasse, teria que acontecer o mesmo.
Fé, antes de tudo, é um sentimento. Não se pode ferir os sentimentos das pessoas de forma tão contundente sem uma boa razão, e a reportagem da Folha que a IURD questionou não oferece provas de nada, razão nenhuma.
Esse jornalismo de “teste de hipóteses” que infesta o Brasil, já passou dos limites há muito tempo. Por isso, a Igreja Universal, mesmo com todos os questionamentos sérios que pesam sobre si, está prestando um serviço público ao processar a Folha. Tomara que ganhe a causa.
Tenho tido muito pouco tempo para me informar sobre o Brasil, mas essa polêmica entre a Folha e a Igreja Universal é muito divertida. Pensem bem: como tomar partido numa desinteligência entre duas instituições sobre as quais pesa tanta polêmica?
A Folha, para variar, errou. Foi preconceituosa e irresponsável ao fazer suposições sobre a IURD, de que a Igreja usaria o dinheiro dos dízimos para “esquentar” dinheiro obtido de forma ilegal.
O jornal não faria tais suposições sobre a Igreja Católica nem tendo motivos melhores do que aqueles que apresentou contra a IURD, ou melhor, que não apresentou.
Além disso, “seita” por que? Eu sou católico (não-praticante), mas, se alguém viesse chamar de “seita” a igreja em que fui batizado, crismado e na qual me casei, eu não iria gostar.
Claro que há vários aspectos da operação da Igreja Universal que são questionáveis, para dizer o mínimo. Mas como se trata da fé alheia, de uma fé que muita gente séria e instruída acalenta, é preciso respeitá-la. E mesmo que só gente humilde e sem instrução acalentasse, teria que acontecer o mesmo.
Fé, antes de tudo, é um sentimento. Não se pode ferir os sentimentos das pessoas de forma tão contundente sem uma boa razão, e a reportagem da Folha que a IURD questionou não oferece provas de nada, razão nenhuma.
Esse jornalismo de “teste de hipóteses” que infesta o Brasil, já passou dos limites há muito tempo. Por isso, a Igreja Universal, mesmo com todos os questionamentos sérios que pesam sobre si, está prestando um serviço público ao processar a Folha. Tomara que ganhe a causa.
Comentário do blogueiro: Post excelente postado pelo Eduardo Guimarães. A Folha poderia ter a grandeza de admitir seu erro, em vez de ficar posando de vítima. Há uma clara busca de fugir da análise do mérito das ações. De qualquer forma, a fé é algo muito subjetivo. Não é possível dizer que os fiéis da IURD não estejam sentindo agredidos em sua fé. Além disso, falar em ações "orquestradas" é bem mais complexo que à primeira vista. Vamos admitir que as ações dos fiéis da IURD contra a Folha foram sugeridas ou incentivas por bispos da igreja. E daí? Qual o problema? Onde está a ilegalidade? Quer dizer que se o trabalhador entrar na Justiça contra seu patrão porque o sindicato o orientou não vale? Fica a dúvida. Finalmente, a avalanche de ações na Justiça não é problema dos fiéis da IURD. O que eles querem é uma reparação à uma suposta agressão à sua fé da matéria da Folha. A forma que o Judiciário se organiza para julgar o mérito da ação não é problema seu. É isso.
Um comentário:
OI Jefferson,
são dois pesos e duas medidas.
se os judeus entram na justiça, ela funciona rapidamente e até preventivamente, mesmo em feriado, mesmo sob as alegações mais estaparfúdias, como a do carro alegórico sobre o Holocausto.
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